A dor crônica, muitas vezes é um desafio diagnóstico, principalmente quando ela foge dos diagnósticos mais comuns. Então quando uma pessoa começa a apresentar dor, estou falando da dor localizada em mão e punho mas também pode aplicar-se à dor em outras localizações, habitualmente temos por costume ignorar a mesma e esperar um tempo para ver se não vai melhorar de maneira espontânea. Somente quando ela persiste por muito tempo ou quando ela reaparece com frequência é que nos preocupamos em procurar um especialista para avaliação, e então somos habitualmente tratados e diagnosticados como portadores de alguma tendinite, distensão, entorse, LER, cisto sinovial, dedo em gatilho, síndrome do túnel do carpo, doença de Dupuytren, entre outras, que são as causas mais comuns de dor nessa região.
Então quando podemos suspeitar da presença de tumores ou causas menos comuns de dor?
Essa pergunta não tem uma resposta simples, pois o diagnóstico de causas menos comuns, entre elas os tumores, é sempre um desafio. Eu pessoalmente considero que devemos saber escutar o paciente, examinar com calma e sobretudo manter um alto índice de suspeição para os casos que fogem do esperado, portanto devemos conhecer à fundo a doença que esperamos diagnosticar e tratar. Para a pessoa que sente a dor, ela deve ficar mais alerta quando esta ocorrer somente ou mais intensamente no período noturno, quando se associar à febre ou outros sintomas inespecíficos como fadiga, perda de peso ou tiver comportamento incerto. E devemos ficar alerta também quando os exames habituais não demostram alterações ou quando existem exames contraditórios no mesmo paciente.
Portanto não hesite em procurar atendimento com especialista de Cirurgia da Mão caso sinta dores no membro superior e ainda não tenha um diagnóstico correto. Lembre-se que muitos tumores podem ser benignos sem maiores repercussões, mas nos casos de tumores malignos, a velocidade no diagnóstico e tratamento faz a diferença!
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Agora você deve estar se perguntando: SE É TÃO FREQUENTE, PORQUE NÃO OUVIMOS FALAR MUITO SOBRE ISSO?
- Justamente, uma das grandes dificuldades que encontramos neste tipo de fratura é o diagnóstico tardio, ou seja, esta fratura pode não ser diagnosticada no momento em que ela ocorre, e isso faz com que ela seja menos lembrada no nosso cotidiano . E porque há dificuldade no diagnóstico? Isso ocorre por vários motivos, entre eles podemos citar a demora em procurar o pronto socorro devido à pouca dor que o paciente pode sentir, não dando a devida importância; A inexperiência do plantonista em examinar o punho e de visualizar a imagem na radiografia; A incidência alta de radiografias "normais" na fase inicial, pois nesta fratura é comum a fratura oculta; entre outros. Portanto é imprescindível dar a devida importância aos traumas que ocorrem no punho e mão, e nestes casos sempre procurar atendimento num local que tenha à disposição um especialista em Cirurgia da Mão para lhe avaliar.
E qual o problema que a falta do diagnóstico ou o diagnóstico tardio pode gerar?
A falta de estabilização adequada pode aumentar a chance de atraso de consolidação ou Pseudoartrose, em outras palavras, a fratura não cicatriza e os fragmentos ósseos ficam separados ou cicatrizam de maneira inadequada, gerando a médio e longo prazo a destruição da cartilagem articular do punho de forma irreversível, gerando dor contínua e perda da fundação adequada do punho e mão. Além da Pseudoartrose, podem ocorrer outras complicações inerentes à anatomia do escafóide, como necrose deste osso (morte do osso por falta de circulação arterial) por exemplo.
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Autor:Dr Rodolfo Fabiano Niz Bareiro, especialista em ortopedia e traumatologia e especialista em cirurgia da mão. Histórico
June 2020
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